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terça-feira, novembro 19, 2024

Consciência Negra

Essa imagem gerada por uma IA


Expandir o pensar, saber o porquê se luta
Não é o excedente que a gente disputa
São por oportunidades iguais, já no presente
Merecimento pleno para essa gente.

Somos filhos da África que cruzou os mares
Nosso passado chegou amarrado.
Quanto a nós, somos esperança
A atualidade que honra a ancestralidade.

Geração livre das correntes nos pulsos.
Negar o racismo é um insulto
Forças ocultas ainda nos puxam pra trás
Correntes invisíveis que sugerem exclusão.

É tempo de olhar à frente
Sonhar com dias melhores
E construir um futuro de igualdade
Onde a dignidade seja nossa realidade.

Negritude é força, é atitude
É romper as amarras que o mundo não vê.
Elas existem, pode crer
E merecemos mais do que uma cota
Queremos uma mudança de rota.

Não somos mais vozes caladas
A mudança está nas linhas dos livros
Nos bancos das escolas e faculdades
Nas igrejas e associações de bairros
Das comunidades até a política
Buscando espaço em qualquer localidade
Fazendo a diferença no campo e na cidade.

Um despertar consciente, profundo e urgente
Que comece com a criança em formação
No útero da mulher negra
No útero da mulher branca
Parda, amarela, indígena — não importa a cor.

A consciência precisa vir desde o berço
E para todos, sem exceção
Cultivada em cada gesto, palavra e ação
Semeando respeito por toda a nação.

Consciência negra
A conscientização é para todos.
O pigmento não faz ninguém superior
Nem menor, pois somos todos iguais no valor.

Pedro Trajano
opoetatardio

segunda-feira, novembro 18, 2024

Solidão Algemada

Lá fora, o sol se oculta
Dias nublados apagando a cor do meu ser.
À noite
A chuva se derrama sobre os telhados
E a solidão me prende, apertada.

Quanta dor em um coração ferido!
No canteiro, rosas e orquídeas
Já não florescem
Enquanto o ipê, abatido
Chora ao toque das correntes de vento.

Você ainda vive no meu pensamento.
Sem teu amor, me resta apenas o lamento
E as perguntas que ecoam no vazio
Do meu quarto que agora é frio.

Onde foi que nos perdemos?
Havia promessas
Mas, nas curvas da vida
Soltaste minha mão.

Nunca mais lhe vi...
Será que pensas em mim
Como eu, em você?
Será que outra presença
Te levou a fazer novos juramentos?

Eu não consegui seguir.
Permaneço aqui, no mesmo endereço
Sobrevivendo a este tropeço.

Queria poder dizer que mereço
Uma chance
Um novo recomeço.
Mas não tenho mais o seu número
Seu e-mail
Vou gritar sobre os corrimões das pontes.
Quem sabe minha voz
Toque nos seus tímpanos.
E, ainda que não volte
Saberás que minha saudade
Poderá
Sobreviver por anos.

Doce engano.

sexta-feira, novembro 15, 2024

Sextou

Lá vem o desejo de escapar do tempo,
Um fim de tarde para fugir do contratempo.
O happy hour virou garantia de fuga,
Dessa rotina que pesa e suga.

Sextou, a rota de evasão tão esperada,
Um intervalo marcado pra alegria contida.
Um dia específico pra dopamina, tão rara,
Datas no calendário para lembrar de viver.


Convido você a refletir sobre esse ciclo: será que a fuga realmente nos traz o que buscamos? Ou apenas nos mantém correndo atrás de um prazer momentâneo? Em algum ponto, a pausa deixa de ser só alívio e se torna uma parte da rotina. E talvez, quem sabe, o que buscamos seja um pouco mais do que só escapar, mas, de fato, viver o que vem depois.
Deixe seu comentário, compartilhe suas reflexões! Afinal, não é só a sexta-feira que é importante, mas como vivemos cada dia que ela nos oferece.


Pedro Trajano
opoetatardio




quinta-feira, novembro 14, 2024

O Poeta Tardio

 

O


P

oeta pode tardar

o

tempo, às vezes, é lento

e

m passos que parecem hesitar

t

radução de um silêncio.


a

alma, porém, tem pressa:


T

oda poesia apressa

a

acelerando

r

renascendo em cada verso

d

esfazendo-se no espaço

i

mortal

o

nde o poeta não mais cabe no seu tempo.


Quando a Poesia Não Cabe no Tempo

Hoje trago um poema que fala sobre o tempo e o renascimento da poesia, sobre as palavras que chegam mesmo quando parecem tardias, mas que renascem a cada leitura e se tornam intemporais. "O Poeta Tardio" explora a pressa da alma frente à lentidão do tempo, a dualidade entre o eterno e o efêmero.

Deixo que cada um de vocês encontre seu próprio sentido nas linhas que seguem. 


Pedro Trajano
opoetatardio

quarta-feira, novembro 13, 2024

Livre-Arbítrio

Quantas escolhas cabem em um livre-arbítrio?
Cada decisão — um leque que se abre?
Um passo ao lado, um novo olhar
um podcast ouvido, uma mensagem sutil.

Quanto de nós é escolha pessoal
quanto de nós é influência externa?
Entre o destino e o passo que tomamos
em quantas direções podemos seguir
quantas versões de nós são, de fato, nós mesmos?

A linha que separa nossas escolhas
é tênue e, muitas vezes, influenciável.
O livre-arbítrio — é questionável!

Reflexões Sobre o Livre-Arbítrio: Uma Jornada de Escolhas

O que realmente é o livre-arbítrio? Muitas vezes, somos levados a acreditar que somos completamente livres para tomar nossas decisões, mas será que isso é verdade? Em um mundo onde influências externas estão sempre presentes, as linhas que separam nossas escolhas pessoais e aquelas moldadas por fatores externos tornam-se cada vez mais tênues.
Em meu novo poema, "Livre-Arbítrio", exploro essa ideia de forma profunda e questionadora. Quantas de nossas decisões realmente vêm de nós, e quantas são fruto de influências externas? O que acontece quando nossa liberdade de escolha é guiada por forças além do nosso controle? A reflexão que me proponho aqui não oferece respostas definitivas, mas convida a todos a pensar: até que ponto somos realmente responsáveis pelas escolhas que fazemos?

terça-feira, novembro 12, 2024

Quinze anos, uma jornada

Quinze anos provados em desafios
Houve risos e celebrações
Teve lágrimas e decepções
Mas nosso laço é forte
À prova de divisões.

Somos namorados, sem idade ou limite
Teu amor me completa, doce e sincero
És meu abrigo, meu lar, o que sempre espero.
Nosso amor gerou frutos
E um deles chamamos de Emanuelly Helena
Paradoxo de bagunça e vida plena.


Cada instante ao teu lado é viver
Sou tão feliz sabendo que me amas
Seu amor me chama, coração em chamas.


A vida, com suas reviravoltas, nos ensina que o verdadeiro amor não é apenas feito de momentos felizes, mas também de superações e desafios. Neste poema, quero celebrar esses 15 anos ao lado de alguém que, mais do que uma parceira, se tornou meu abrigo.
Espero que as palavras deste poema toquem o coração de quem entende que, apesar das dificuldades, o amor verdadeiro se fortalece com o tempo.


Pedro Trajano
opoetatardio

sexta-feira, novembro 08, 2024

Sorriso Fácil

Na alma de uma criança
Mora o riso.
Um dia também fomos meninos
Mas muitos de nós
Esquecemos como é o badalar dos sinos.


Nestes versos, convido você a refletir sobre a simplicidade e a alegria que a infância nos proporcionou. O riso de uma criança é contagiante, um eco puro de felicidade que não precisa de motivos elaborados para existir. É uma lembrança de que a vida pode ser leve, mesmo nas pequenas coisas.

quarta-feira, novembro 06, 2024

Diálogo Sobre a Esperança

— Há, ainda, esperança?
— Sim! E por que não haveria?
— Tantas guerras, violência, corrupção, polarização...
— Mas você não acredita que exista alguma bondade no mundo?
— Existe! Mas parece tão escassa diante de tantas tragédias...
— Então, ainda existe esperança.
— Já não sei mais.
— Às vezes, ela se oculta no cotidiano.
— Será mesmo? Como posso descobri-la?
— Comece por deixar de tomar café com notícias ruins.
— Acha que isso realmente vai ajudar?
— Não resolverá todos os problemas, mas pode iluminar sua perspectiva.
— Não sei se é tão simples assim.
— Não é simples; é necessário.
— Mas isso é o suficiente?
— Talvez não sempre, mas é um passo significativo na direção certa.
— Você não tem uma receita pronta?
— Não. Certas estradas só se abrem ao toque dos pés do caminhante.


    Esse diálogo nos convida a refletir sobre a natureza da esperança e como ela pode ser redescoberta nas pequenas coisas do cotidiano. Através da escolha consciente de focar no que é positivo e na bondade que ainda existe ao nosso redor, podemos começar a trilhar um caminho de renovação.
O que você acha? Como você cultiva a esperança em sua vida? Compartilhe suas reflexões nos comentários!

Pedro Trajano
opoetatardio

 

Eu sou mais eu. Mas o meu eu tem empatia pelo seu eu. (Pedro Trajano)