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segunda-feira, janeiro 20, 2025

O Círculo da Luz

Acordou dentro de um bosque sombrio. O ar denso e frio da noite lhe arrepiava os pelos do corpo. As mãos estavam muito frias, contrastando com o calor escaldante lhe percorria as veias. Descalça, cabelos soltos e revoltos, no corpo apenas uma longa camisola branca cuja barra que lhe chegava aos tornozelos parecia parcialmente queimada. Confusa e desnorteada Estela se perguntou em voz alta:
— Como cheguei aqui? Onde estou?
O lugar era uma visão estranha, inquietante e aterrorizante, tal qual um cenário mal construído para um filme de terror. 
O bosque se estendia como um labirinto esquecido, parado no tempo. As árvores eram gigantes pareciam estar ali a uma dezena de gerações. Com troncos marcados por rachaduras que pareciam ter sido esculpidas por garras afiadas e galhos retorcidos que formavam um teto desigual. Fragmentos de um luar frio e distorcido mal conseguiam penetrar e atingir o chão. Raízes grotescas e expostas estendiam se pelo solo, parecendo serpentes, entrelaçando-se com pedras gastas e trincadas que formavam caminhos aparentemente sem destino. Algumas pedras estavam cobertas de musgo, enquanto outras exibiam manchas escuras, parecidas com sangue seco, testemunhas de que algo de mau aconteceu ou continuava acontecendo ali.

Escolheria um milhão de vezes


Escolheria um milhão de vezes, ou mais
Para ver o sorriso ao chegar em casa
Sentir o calor dos braços que me abraçam
Onde os abraços são remédios que curam
E o amor traça trilhas que o tempo não ousa apagar.

Minha família, meu porto seguro, minha decisão
Por ela eu luto, dela não abro mão.


opoetatardio

Eu sou mais eu. Mas o meu eu tem empatia pelo seu eu. (Pedro Trajano)