No ar, poeira, a fumaça esconde o sol Há dias que não vemos o azul celeste Apenas o cinza como se fosse Gotham City E a terra clama por seus heróis Vilões e mocinhos, somos todos nós.
Há um cofre de ouro invisível aos olhos Guardado em silêncios, oculto por camadas sutis Não brilha com ostentação, mas pulsa em serenidade Como os batimentos de um bebê adormecido Para aqueles que veem com olhos vazios e gananciosos Perdem-se nas sombras de uma floresta sem caminho.
Mas quem carrega amor sereno no peito Encontra um jardim florido E na trilha da vida, nunca anda sozinho.
O tempo, arquiteto que transforma castelos em ruínas Desenha na pele linhas de história e de luta Em cada cicatriz, uma semente adormece Regada pela chuva da experiência Sob o sol da resiliência Floresce em silêncio, no jardim do ser.