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terça-feira, fevereiro 20, 2024

As Flores Brancas do Meu Ipê

O cheiro das flores do ipê, um bálsamo suave,
Fragrância em notas leves adentrando pela janela
Unem-se ao aroma do café, combinação singela.
Perfumes dançam no ar, um dueto mágico,
Nossa manhã tranquila assim desperta, tão bela!

Lá fora, em contraste com o clima seco e adverso,
Um carinho na paisagem invernal, um verso.
Plumas brancas de algodão perfumadas,
Sem questionar ofertam em partilha,
Sua doce essência similar à baunilha.

Em busca de néctar, abelhas e beija-flores,
Diligentes, bons e fiéis coletores,
Veêm a tua beleza divina, crua e exposta,
Nesta rua de solo preto e calçada cinzenta,
Copa adornada, traje de noiva, vestimenta.

Mil e um buquês, constelação terrena,
Delicada e breve, como sonhos que flutuam,
Caindo pacientemente, como flocos de neve,
Parando o tempo, sonho que conduz,
Flores do ipê branco, poesia que seduz.

Cobrindo o chão e tingindo-o de brancura,
A superfície do solo assemelha-se à neve pura.
As flores do meu ipê, que encantam em doçura,
Passageiras, têm pressa de serem admiradas,
Pelos olhos que veem o belo, serem eternizadas.

_________Pedro Trajano


Comentário do autor sobre o poema: Hoje, compartilho com vocês um poema especial, que nasceu de um pedido de minha amada esposa, Cláudia. Ela queria que as palavras retratassem a beleza passageira das flores brancas do ipê em frente à nossa casa. E ao mesmo tempo fosse um lembrete de que, assim como as flores, a vida também é passageira, e devemos apreciar cada instante. 

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Eu sou mais eu. Mas o meu eu tem empatia pelo seu eu. (Pedro Trajano)