A vida me moldou na resiliência e superação, com caixas fechadas e perguntas engolidas, provações. Busquei o sabor doce em cafés alheios, mas muitas vezes só encontrei o gosto forte e persistente de resultados que eu não escolhi. Em dias assim, de solidão, os beijos que busquei não eram suficientes, um vazio. Até que, um dia, preparei meu próprio café e coloquei em canecas favoritas. O sabor agora tinha a intensidade de uma vida livre. Então, finalmente, saboreei a doçura de um café sem açúcar, compartilhado a dois.
Pedro Trajano
opoetatardio
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